Mantos Abismais
Que do abismo ressurjam densos mantos
escurecendo os traumas dos bons servos;
que os lobisomens comam os eus protervos
que se fingem de bons; de mestres santos.
Que do abismo ressurjam densos mantos
escurecendo os traumas dos bons servos;
que os lobisomens comam os eus protervos
que se fingem de bons; de mestres santos.
As brilhantes figuras que fulguras
nesse puro semblante imaculado
trazem-me alento; sinto-me sagrado
por tamanha leveza e por ternuras.
Ó formas circulares, róseas, belas
formas perfeitas, mágicas, divinas!
De delícias supremas, cruas, finas
das panteísticas formas paralelas!
Coliformes fecais em letra e verso
nas linhas purulentas dos compostos
dos músicos modernos do perverso
conceito e dos coprólitos expostos!
Os sonhos doudos doutros homens domam
os sonhos desses homens que não pensam.
Homens que comem, cansam mas condensam;
que casam, caçam, cantam mas não somam…
Trago traços e traumas intratáveis;
são travas que me trancam e atrapalham
os transes cerebrais que mui trabalham
mas não traduzem fatos imutáveis…
Mais uma dor que chega, chega e fica
trepidando no peito amargurado
despedaçando o amor desperdiçado
dentro do coração que petrifica.
Ei! Olha a morte vindo na neblina
tragando os sonhos belos e mais novos
a morte vem ceifando com vontade
enquanto durmo sem nada esperar.