Gustavo Valério

O Poeta Notívago

Alexandrino

Penumbra

Como preso fiquei neste anoitecer maro
Estranho ao que sei; meu belo dia penumbra
Absorvendo esta luz que a alegria ressumbra
o tenro medo induz - futuro - mal ignaro.

Novo Lar

Esta vil sensação causa-me uma amargura
que me derrete atroz, matando-me de novo…
E no triste sofrer noutras lágrimas chovo
cansado de morrer nesta densa ternura…

Fusão

Nossas mentes obscuras e maliciosas
abismaram-se enquanto faziam o mal;
Iludidas distorceram o mapa astral
enquanto cantarolavam vitoriosas.