Os passos do passado são tormentas
E espasmos me causando pesadelos…
Produzem, nas raízes dos cabelos,
As mortes melanínicas e lentas…
Esparsas pressuposições cinzentas
Criaram nuvens de cristais de gelos
Tão vivos que sequer consegui vê-los
Domando minhas próprias Ferramentas…
E não importa quantos são os medos
Se a minha vida escapa pelos dedos,
Sou ecos nos espaços mais medonhos…
Descubro, então, que sou a Silhueta
Que, presa na cabeça dum cometa,
Orbita o núcleo pálido dos sonhos…