Da galáxia mais distante do verso,
na imensidão escura e redundante,
no espaço-tempo lírico e instigante,
ergue-se o epicentro controverso.
Objeto humanoide, reles e adverso
não estuda o obscuro e inda ignorante
considera-se obra-prima impactante
num pedaço de Terra e céu disperso.
Sou só poeira estelar meliante
resultado do acidente transverso,
ignição desta vida petulante.
Sou humanoide e também sou perverso
mas nunca fui vital ou importante
p’ra a existência de qualquer universo.