O amor à vida apenas nos azeda
torna-nos amargos e ignorantes
ácidos, egoístas e arrogantes
alimentando aquilo que nos veda.
Tal amor, nossa cegueira leveda
em visões singelas e contrastantes
que se destacam em interessantes
situações que o egoísmo enreda.
O amor à vida traz exorbitantes
preços obscuros e decepcionantes
e exige nossa alma como moeda.
Vivemos a vida como imigrantes
deste amor que nos torna coadjuvantes
’té acordarmos na última queda.