O sonho doce que se foi é santo
antecedeu a morte desejada
reconstruiu a longa e velha estrada
montou acordes do mais triste canto.
Dissipou-se no mais sincero encanto
erigiu-se e voou sobre a lufada
plainou a liberdade imaculada
chocou-se contra o chão e chorou tanto…
Chorou sangue na noute revirada
deixando toda a terra ensaguentada
e o ar contaminado co’ amianto.
E a noute pura agora deturpada
penumbra em vida, morte e o nada
na insônia amarga do espanto.