No peito o medo imprime causa e luta…
Na boca o canto ecoa fraco e breve…
Nos braços lestos há fatal conduta…
Na mente, a morte inspira, doma, escreve…
O tempo trava e cai na própria gruta,
E grita, chora e clama à negra neve…
No poço fundo, o tempo o medo escuta…
E treme, cansa, sua e, então, faz greve…
Sem tempo, agora, o medo é grande e forte…
Sem tempo, o mundo cai na própria sorte…
E a sorte é um poço fundo, vasto e largo…
No peito humano habita luta e causa,
Mas dores tesas nunca fazem pausa.
E o humano morre sem qualquer embargo.