O Vulto Vivo

Gustavo Valério Ferreira

O sangue que jorrou morosamente,

marcando um temporal, um infortúnio

foi resultado duma insana mente,

descuido atroz durante um plenilúnio…

O mangue que formou imoralmente

o manto sepulcral dum céu netúnio

foi espelhado numa negligente

ação banal igual a de Levúnio!

Assim o sangue escorre lentamente

sanando a dor e o fel da mátria agente

que sofre mas premia os cães andejos…

No impróprio amor de agir insanamente

arranca o selo e a vida inteligente

do feto que sucumbe aos seus desejos!