Uma águia na noute, assusta a coruja,
e um uivo sombrio logo é ouvido
num som de asas no escuro interrompido,
um medo que mata e a morte é lambuja…
Uma lua disforme e garatuja
presa num céu obscuro e introvertido
a perder tempo e a perder o sentido
e perdendo tanto, a lua maruja…
E da ave noturna, ouve-se o gemido
e num eco retumbante e oprimido
foge na escuridão, a dita cuja…
O lobo desiste; está convencido
que outra vez ouvirá aquele gemido
num luar e numa janta rabuja.