Que do abismo ressurjam densos mantos
escurecendo os traumas dos bons servos;
que os lobisomens comam os eus protervos
que se fingem de bons; de mestres santos.
Desçam, ó chuvas negras, pelos cantos
asmáticos dos homens; dos seus nervos
arrancando sem dó os vis acervos
maléficos que são tontos e tantos…
Ó mantos negros, véu de morte e sorte
desate-se nos pravos e os aborte;
corte o mal pela raiz antes que cresça.
Chuvas venosas, chuvas redentoras
expurgue as tezes más e malfeitoras
com a tua mais funérea lama espessa!