Maceió Afunda

Gustavo Valério Ferreira

Não há soneto belo que descreva
Tamanho desacato à vida humana!
A Morte trabalhava à paisana
Em sua ideia trágica e longeva…

Em Maceió não temos nenhum deva,
Nem tempo pra inferir um só Nirvana…
Mas temos nossa Força soberana…
Ir contra à nossa Força não se atreva!

Queremos o respeito à nossa história:
Abaixo a regalia predatória
Que mata, sem pudor, nossa estrutura!!!

Que Maceió não seja a concubina
Do amante que em seu ventre dissemina
Raízes pra gerar um novo asura…