Os sons da morte têm vida e graves tinidos;
metálicos faróis de pólvora ecoando
na cabeça sangrenta; há almas ressoando
no espaço assustador de astros desconhecidos.
Os ecos musicais dos sons indefinidos
sinéreses de dor e prazer percolando
os olhos num fitar fatal, perambulando
o corpo e o corte em tons de azuis envilecidos.
O caso é casual mas vem nos destroçando,
e cala, castra e queima os sonhos coligidos
sem ao menos nos dar qualquer tempo sobrando…
Os sons da morte são espasmos suprimidos
das notas imortais do eu finito acordando
enquanto a carne é morta ao léu dos esquecidos.