Cachoeira venenosa:
os meus olhos têm veneno
meu linguajar é ameno
minha morte é gloriosa.
Recito esta quase-prosa
um poema quase-obsceno
complicadamente pleno
na noute silenciosa.
Minha vida é só veneno
meu falecer é sereno
minha queixa é pesarosa…
Mas se meu verso é ameno
sou um poeta pequeno
minha vida é mentirosa.