Borboletas

Gustavo Valério Ferreira

As mães das borboletas
recusam-se a voar…
De tristes ficam pretas
e perdem-se a chorar…

E tocam-se as trombetas
e o céu a lamentar
milhares de cometas…
São almas a penar!

Ouço gritos e tiros
Ambulâncias, suspiros…
E os cometas nas portas…

São as almas levadas
das crianças veladas…
Borboletas já mortas…