Não foi a morte quem abraçou a minh’alma
foi minh’alma soturna e asmática e devassa
que co’ ela se abraçou. Entregue a vida crassa,
não houve alternativa: A morte trouxe calma.
Em busca duma cura abissal p’ra o seu trauma
calmamente voou. A liberdade grassa
na sua mente solta e livre e leve e escassa…
Muito tempo se passa e agora há grande encauma.
Depois do abraço escuro, o mundo alou sem graça
e o espírito lesto ocupara o eixo d’alma,
causando-lhe uma dor alva que lhe transpassa…
Gritos azuis de dor; o inferno fogo espalma
e no fogo a alma surge envolta em biomassa.
O inferno me devolve a vida como agalma.