A traição em tua porta bateu
e três vezes, o teu corpo, invadiu;
perfurou-te na noute à sangue frio,
pintou o chão de vermelho e correu…
Por três vezes a traição te venceu
e em teu corpo habitou, fez-te vazio
naquela noute amarga destruiu
todos teus sonhos e te emudeceu…
Silenciei-me no dia sombrio
em que teu sorriso não reluziu
e tua presença forte, morreu…
O dia nasceu morto e fugidio
o sol, tão triste, quase não luziu
e o céu chorando, em nuvens te acolheu.