No passo do ponteiro do relógio
eu, quedo, cauteloso e espavorido
espero o meu fantasma preferido!
Já não é mais amor, é necrológio!
Aguardo, sempre alegre, os equinócios…
No espelho, aqui, parado e mui perplexo
à meia-noite vejo o teu reflexo!
Já não é mais amor, são nossos ócios!
A morte e a vida presas num ilídio…
Almejo achar o bóson da existência
pra libertar, enfim, a minha essência!
Já não é mais amor, é suicídio!