Cobras No Jardim

Gustavo Valério Ferreira

Num susto, distraído, compreendo
Que há cobras espalhadas no Jardim…
Por isso, continuo me abstendo
Das bocas que praguejam qualquer fim…

Falácias em protestos literários
São armas de covardes escritores…
É justo postergar os mercenários
Que mentem, friamente, sem pudores…

Releio as centenas de poemas:
Vazios e confusos… Desalmados!
Pois Cobras não têm almas, só dilemas…
Dilemas digitais randomizados…

Mas creio que, tais cobras sem essência,
Um dia pagarão por tantos danos!
O Tempo também cobra coerência
Ainda que a cobrança leve anos!