Deitada, descansando em seus delírios
a bela dama dorme mansamente.
Desconfortável sonha e dentre os círios
passeiam ternos anjos docemente…
No sonho, flores raras floresciam
por dentro do seu peito e então brilhavam
e como supernovas reluziam
nos céus escuros que lhe atormentavam…
O sonho parecia ser eterno
pra bela dama ali, acomodada…
Que Deus com todo O Seu Amor paterno
conceda que ela não descubra nada.
A dor do sono etéreo cresceria
e não alentaria a filha amada
se descobrisse que de amor morria
seu velho pai ali na madrugada.