Nato

Gustavo Valério Ferreira

Nas sombras dos comboios de catervas
Alguns Demônios riem das chacinas…
Trabalham para que as carnificinas
Ocultem vidas mortas em Conservas…

Não sofrem pelas guerras sem reserva,
Apenas alimentam vãs doutrinas…
Traindo suas próprias disciplinas
Ofuscam as centelhas de Minerva…

O mundo cego e já estupefato
Transmite o ódio em forma de bondade…
Assim, a nossa frágil humanidade
Não vê a morte no soldado nato…