Futilidades

Gustavo Valério Ferreira

A pouca força força o homem à forca…
Na fossa, fita os olhos da frieza…
E, fraco, faz-se frágil e, já sem fôlego,
Fenece à fútil frase da Fraqueza…

Nos sonhos somos simples firmamentos…
Sonâmbulos surfando a morte à foz…
Sem forças, somos frouxos filamentos:
Flagelos fictícios dos Anzóis…

Martelos matam mais que mil heróis…
Os Mitos imorais não são modelos…
Se há mácula no manto, não há glória…
Se há glória e sangue humano, falta zelo…
Se falta zelo, falta-nos memória…

A louca força força o Homem à forca:
Enforca os seus iguais o tal Herói…
Feliz, mantém o medo que lhe mói,
Enquanto morre à míngua pela boca.