Os Pensamentos - Luciano Dídimo
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo:
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo:
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo:
Muita vez acordo entorpecido
Em vales de ossos secos e aflições…
Disperso, à luz do sonho preferido,
Vago triste em outras dimensões.
Tinge, o medo incauto e repetido,
O céu azul de grandes vermelhões…
Contei, cantei e vi no colorido,
Manchas rubras vindo em convulsões…
Chuvas turvas chegam destruindo
As casas, almas, mentes, corações…
E penso estar chorando, mas sorrindo,
Desço ao caos da vida em distorções.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo:
Acordo no vazio grande
Enquanto o medo ao léu expande…
Voltei no tempo?
No peito tudo passa e chora…
Atroz saudade jaz lá fora…
Parei o tempo?
E passa assim: Aqui e ali
A morte sonolenta e rude.
Pai Nosso, nosso colibri
Morreu no caos da juventde!
Deus meu, o que será de mim
Diante dessa finitude?
A morte trouxe o grande fim
E, fraco, revidar não pude!
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Atônito morreu o grande brado…
É brando agora o pátrio braço forte.
A liberdade clama à própria morte…
Não soa mais o canto idolatrado…
Sem paz ou mesmo glória no passado,
O lábaro que ostenta interno corte,
Aguarda cura ou bem a quem reporte,
Enquanto o céu está avermelhado…
Iluminando a dor do Novo Mundo,
Gigante dorme o sono mais profundo…
Recorta, ao meio, os filhos mais gentis…
Justiça trava à Clava tão silente
E mata, devagar, a sua gente…
Afunda todo em sangue o meu país!
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Cadavérica morte que avança
Sob os leitos pesados do SUS,
Consumindo a cabal esperança
Dos coitados mortais que seduz…
Esquelética, fúnebre e mansa
Derramando colírios de pus
Sob olhares que esquálida lança
Entrecorta, divide e conduz…
A tal gripe que nada perdoa,
Colorindo de sangue a Coroa,
A cabeça do pobre esfacela…
Cem mil mortes, cem mil agonias!
Várias casas, famílias vazias…
Quanto custa um pacote de vela?
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.
Mais uma produção minha sob encomenda do poeta cearense Luciano Dídimo.