O sonho escorregou, levou um baque e o sonhador acordou num puxão. Pulso acelerado, eis um breve ataque há um choque por dentro do coração.
Logo o sonhador se desmancha em águas, o pulso molda a dor da triste sina… A esperança é sem cor e só traz mágoas dum futuro de horror sem atropina…
Por dentro do homem dorme um viajor: um lobisomem prestes a acordar. O homem é o cruel catalisador na tenra maldade a enchafurdar.
O homem é o salvador que habita o centro do destruidor que carrega por dentro.
Ecoam na mente os ecos da morte e velozmente escancaram meu corpo; ecos retumbantes dum som mui forte, profundo estímulo aloanticorpo…
Em choque percorrem a minha pele, e as células morrem devagarzinho; O céu vingativo até me repele e os ecos são mortes num só caminho…
E morro aos poucos a cada eco eterno que me silencia e rouba meu brilho… Sóbrio e sozinho em meu pesar interno sigo o caminho vil como andarilho…
Energia estranha de obscura luz em minhas entranhas morte introduz.
De sol em sol o amor andou tão solitário e em voos abismais dissipou-se sofrido em dor a reclamar do ódio comunitário turvou a languidez do não-ser oprimido.
E esse ódio visceral no peito temerário move o magma imortal no espaço comprimido; pulsando à explosão do dia embrionário expandindo a visão em fogo compelido.
De sol em sol o aval tornou-se hereditário; cada raio solar em trevas envolvido era vida a gerar um novo sedentário.
E aquele turvo amor, etéreo embevecido em ondas orbitais - céu interplanetário - foi pulso inicial do breu desconhecido.
A vida não passa d’um perverso conceito que sequestra tu’alma, teu corpo e teu desejo e força-te a aceitar teu interno despejo que despeja teu eu no próprio preconceito.
Ocorre diariamente sem respeito; tua vida é apenas algum remanejo que te mantém sobrevivendo num latejo bem sistemático, estruturado e suspeito.
E vivendo enquanto morto neste cortejo não respiras mais; falas mudo num solfejo tentando convencê-los para ser aceito.
E asmático na luta sem qualquer traquejo, vives na densa lama como um caranguejo… Quebrou-se o sino que badalava em teu peito.